Sabe o Padre da sua paróquia? Que tal incentivá-lo a também a Botar Fé na Vida correndo? Vejam o exemplo do Padre Vanderlei Silva. Padre Vanderlei, de Santa Catarina, foi o brasileiro mais bem colocado da meia maratona de Paris, confira a entrevista excluvisa que ele nos deu:
1 - Como começou a correr?
Bom, eu sou o Pe. Vanderlei Souza da Silva (conhecido como padre corredor) Sou Missionário da Sagrada Família, (MSF) comecei as atividades esportivas no atletismo aos 16 anos de idade, jogava futebol, ai um dia saiu corrida na cidade de Romelândia SC. Comecei a treinar na estrada de chão. Nesta época foi muito difícil por que estudava no ensino básico que ficava 6 km da minha casa, fiz varias vezes este trajeto correndo. Mais tarde entrei no seminário Nossa Senhora de Fátima de Maravilha, Santa Catarina. Tinha grande dificuldade de comprar tênis para treinar e sustentar no seminário na época todos os seminaristas tinha que contribuir com um salário mínimo. Como dependia dos meus pais, as dificuldades eram grandes. Resolvi a começar a correr e treinar escondido, na madrugada. Na cidade de Maravilha havia uma equipe de atletismo e todos os classificados do recebiam uma bolsa de estudo e meio salário. Três anos mais tarde com boa experiência no estudo e na corrida, fui estudar filosofia em Passo Fundo, ai conheci grande amigos do esporte profissionais. Passei a pegar gosto pelo atletismo de algo rendimento. Quatro anos mais tarde chegou o noviciado em Porto Alegre. RS. Tempo de discernimento e convivência ai foi mais dolorido para mim, fazer opção conseguiu conciliar. Como atleta de elite fui para Santo Ângelo fazer Teologia, com intenção de parar de correr, mais o gosto e prazer foi mais alto. Formado em teologia decidir fazer uma experiência de missão na prelazia de Tefé AM. Foram 5 anos de trabalhos com os ribeirinhos e povo da cidade de Carauari e Itamarati no Amazonas. Para não perder o costume treinava na praia enquanto o barco andava com meu colega pela água, assim foi concretizando uma experiência de vida e fé. Hoje estou terminando a faculdade de direito. Tenho um bom currículo no esporte e na vida sacerdotal. Tenho Participado de inúmeras competições pelo Brasil e no exterior como: São Silvestre, Volta da Pampulha, Maratona do Rio São Paulo, New York, Roma, Mila, Paris. Treinamento diário. Tenho patrocínio, treinador, alimentação equilibrada.
2 - O esporte influencia sua vida e seus trabalhos pastorais? Como?
Muito, meus hábitos alimentares tiveram que mudar, o organismo exige uma qualidade de vida. Isto fez com que eu tomasse uma atitude diferente na minha alimentação, isto veio para o bem. Hoje tenho um carinho muito grande pelos amigos atletas e fiéis que começam a olhar a vida sacerdotal de outro jeito. Tenho recebidos vários convites para casamentos e batizados e primeira Eucaristia de pessoas que praticam atividade esportiva e veem na minha pessoa e na pratica diária um jeito diferente que lhe atrai, sente mais segura para conversar e confessar. Vêm a pedir orações, conselhos e até uma benção antes da corrida. Ai eu apresento a oração que eu compus e preparei ao longo das minhas participações em corrida. A oração pelos atletas.
3 - Como faz para conciliar a corrida, os treinos, a paróquia, os fiéis?
Hoje o esporte é um aliado meu, tenho gosto pela corrida e pelos trabalhos pastorais, procuro conciliar as competições participando de uma competição por mês. Tenho treinamento diário, sempre antes ou depois das atividades pastorais, procuro não misturas as coisas. Tenho tempo necessário para treino e desenvolver as atividades pastorais, mesmo sabendo que a frente de uma paroquia é exigente. Tenho um bom cronograma de atividade para não dar choque nas atividades, sem que as pastorais saiam prejudicadas, Estou desenvolvendo a pastoral do esporte com atividades esportivas e incentivando os fieis a praticar mostrando que é possível uma vida saudável com a união de fé e vida. Tenho na paroquia dois dias de atendimento aos fieis, e percebe que tenho uma aproximação e confiança muito maior porque as pessoas se sentem próxima do padre atleta e confiam nele.
4 - Tem algum paroquiano ou amigo padre, que te acompanha?
Tenho vários paroquias que treinam junto e corre e representa o município em competições em todo o Brasil. Padre não tem nenhum que consegue me acompanhar por que dificilmente eles treinam. Mas no futuro teremos mais praticantes. Tenho muitos meninos de lugares bem pobre que incentivo e levo para pratica do atletismo e temos bons resultados.
5 - Vemos muitos padres, religiosos, religiosos (e bispos) bem acima do peso. Ao que se deve a falta de exercício e cuidado com a saúde no meio do clero?
Uma das grandes dificuldades hoje dos padres é qualidade de vida, por que não se tem o habito de praticar uma corrida ou exercício. São muito poucos o são os padres e bispos que fazem uma caminhada ou praticam atividade esportiva. Devido a grande exigência do trabalho pastoral de uma paroquia, se prioriza outras atividade. Este é um dos erros mais comum, deixa sua saúde ficar fraca com maus hábitos alimentares. Quando de se da por conta a saúde esta fragilizada, por isso, um bom exercício já mudaria a qualidade de vida dos sacerdotes. Pode ser praticado pela manha ou final da tarde, encontrar um tempo para o padre praticar aos pouco vai pegando o gosto e vai mudando os seus hábitos, sem sacrifício nada acontece.
6 - Para encerrar, como fazer para juntar a espiritualidade e o esporte e incentivar nossas paróquias a correr?!
Acredito hoje muito no testemunho e na vivencia da palavra de Deus no dia a dia praticando com eles. Hoje eu estou inserido no meio da juventude da sociedade com oração pelos atletas e com a participação nas competições. Promover atividade que ajude os paroquias a ter um dia de vida saudável, com alimentação equilibrada uma caminhada, corrida ou futsal ou campo. Inserir neste meio é um fortalecimento para comunidade dando a benção, mesmo que sejam atividades pequenas, mas com presença do religiosos o povo fica satisfeito e vida fica melhor. Juntar as duas coisas vida e saúde e ajudar as comunidades a construir um futuro melhor rezando e preparando a pratica da vida saudável
Fonte: Jovens Conectados
Na Diocese de Rondonópolis há três aldeias indígenas. Em Tadarimana vivem em torno de 450 indígenas; em Piebaga em torno de 156 indígenas e em Córrego Grande são mais de 480 indígenas.
